A FOTOGRAFIA FAZ BEM À SAÚDE

MAIS VALE UMA MOLHA NA RUA DO QUE UMA SECA EM CASA - ANTÓNIO SÁ

Há largos meses que não publico nada aqui no “ideias fixas”. Não se pense, no entanto, que o entusiasmo pela fotografia e pela escrita se desvaneceram.
Não exagero se disser que não passa um dia sem que me surja uma ideia como tema para um texto.
Seja enquanto estou a trabalhar sobre as minhas imagens e avalio a sua eventual publicação, seja quando ando por aqui e acolá e vislumbro novas fotografias, é frequente classificá-las prioritariamente como um bom assunto para ser desenvolvido e postado no blogue antes mesmo da possibilidade de irem morar numa Galeria.
Feliz ou infelizmente, as ideias vão-se sobrepondo umas às outras e nunca chegam à fase da sua metamorfose em palavras.
Não vá a redacção não ser eficaz, vou desde já esclarecendo que a ideia de hoje é demonstrar como a fotografia nos permite passear por sítios onde só ela nos levaria, conviver com pessoas desconhecidas e ficar feliz com isso, reparar na beleza da vida encarando a sua finitude em paz, rir partilhando da alegria dos outros e, tudo isto, mantendo sempre o nosso próprio desafio que consiste em capturar imagens que nos agradem.




 
Conhece o Jardim Botânico da Ajuda? Fui lá para testar uma nova objectiva da Voigtlander. Gostei de ambos, do lugar e da lente.



 
Sempre achei que a melhor aprendizagem na fotografia é observar o trabalho dos bons fotógrafos. Frequentar os festivais de imagens permite-nos isso, enquanto convivemos com os autores e ficamos a par das novidades. Exemplo disso, o excelente livro de fotografia sobre o melro d´água, da autoria do fotógrafo de natureza João Cosme, “Rios de Montanha”, que foi apresentado em Janeiro no Cinclus Fest de Vouzela.


 

 
As pessoas, sempre as pessoas. Os retratos, sempre os retratos. No carnaval de Podence foi-me apresentado o Senhor Cândido como sendo o careto mais antigo da aldeia. Uma boa oportunidade para um retrato que tentei não desperdiçar. Pouco depois, na mesma aldeia, encontrei quem dá garantias ao Senhor Cândido de que a tradição não se perderá.


 

 

 
Os amigos estão sempre presentes seja qual for o “estado do tempo”.


 

 
Os filhos também estão sempre presentes. Aqui ficam representados pelo Jorge Palma em palco com o seu filho Vicente, o tal a quem o pai queria ter posto o nome de Castor, pretensão que foi negada pelo Registo Civil.


 

 
Assistir aos recitais na Escola de Música da minha neta permitem, por vezes, fotografar os professores.


 

 
Não sou dos que pensam que o preto e branco nos pode credibilizar como artistas, mas gosto desta imagem. O tempo estava tão mau que as cores eram... a preto e branco. A família foi para os saldos e eu “levei a máquina e fui dar uma volta”. Um título? “Caminhos coincidentes”.


 

 
Se não fosse a lei que proíbe os piropos, eu elogiaria as pernas. Assim fico-me pelas cores: Nikon D850, PC-E Nikkor 24mm f/3.5D.


 

 
 

 
Aqui está o principal motivo pelo qual a fotografia faz bem à saúde. Nem que seja fotografando botões de rosa ou gotas de água em suspensão, evitam-se o stress e a astenia que atacam quem não tem nada para fazer.


 

 
E quando se caminha na natureza enchem-se os pulmões de ar puro. Portanto, alem da saúde mental, aumentamos os cuidados com a saúde física.


 

 
Não encontrei melhor legenda para este “retrato” tirado em Folgosinho do que uma frase escrita num muro da Avenida dos EUA em Lisboa.


 

 
Estas fotografias foram todas obtidas em 2018 e são um resumo do que andei a fazer ao longo do ano.
E não vai ser a opinião do equídeo sobre a falta de originalidade das minhas imagens nem a ausência de virtudes na narrativa que me farão desmotivar.


 

 
Post Scriptum: Visitem as galerias do Rali Serras de Fafe realizado no último fim-de-semana e a do concerto do Van Morrison em Cascais, o trabalho do ano que me trouxe mais... saúde.